O controle do mosquito Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia é uma estratégia inovadora e promissora para se combater a transmissão de doenças como a dengue, zika e a chikungunya. 

A Wolbachia é uma bactéria que ocorre naturalmente em muitos insetos, em aproximadamente 60% deles no mundo, incluindo a mosca de frutas. 

Quando uma fêmea do Aedes aegypti é infectada em laboratório com a bactéria Wolbachia e se reproduz com um macho não infectado, os  vírus resultantes tendem a não serem viáveis, diminuindo a população de mosquitos fêmeas infectadas,  transmissoras de doenças.

Para implementar essa estratégia, mosquitos fêmeas do Aedes aegypti são infectados em laboratório com a bactéria Wolbachia e depois soltos na natureza para se reproduzirem com os mosquitos machos selvagens. Com o tempo, a proporção de mosquitos com Wolbachia aumenta na população, reduzindo assim a transmissão de doenças.

Essa abordagem tem se mostrado eficaz em estudos de campo realizados em diversas regiões do mundo, inclusive em várias partes do Brasil,  demonstrando reduções significativas na incidência de dengue e outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. No entanto, é importante ressaltar que o controle do Aedes aegypti com Wolbachia deve ser combinado com outras medidas de controle de vetores, como por exemplo a eliminação de criadouros e o manejo integrado de pragas (MIP), para que se possam garantir resultados duradouros e eficazes.

Fonte da matéria: FIOCRUZ

https://portal.fiocruz.br/noticia/2024/03/bacteria-wolbachia-historia-do-metodo-que-se-fortalece-no-combate-dengue-no-brasil